Uma vez desempregada, falar do desemprego e do trabalho precário começam a ser temáticas um pouco sujas e gastas no meu quotidiano. Todavia, é-me completamente impossível virar o disco se a música que oiço continua a ser exactamente a mesma! Por outras palavras... será que um dia um desempregado qualificado conseguirá alcançar alguma estabilidade profissional quando lhe é exigido trabalho a custo zero, utilização das suas próprias ferramentas (computador) e, ainda assim, sem nenhuma prospecção de futuro? Corrijam-me se estiver errada, mas serei eu a responsável por estar em casa sem trabalho, ou o problema está no facto de muitas pessoas (na mesma situação que eu) continuarem a alimentar o papo dos pseudos-empreendedores deste país?! Pergunto-me se serei eu demasiado exigente com os meus (quase) patrões, ou eles demasiado desesperados por alguém que os alimente??
A semana passada lá fui eu a mais uma entrevista, desta feita no HotelBuzz, e imaginem vocês que fui brindada (uma vez mais) com a mesma cassete! Enfim, haja paciência e audácia para tanto atrevimento! A esses senhores tenho apenas mais umas palavrinhas a acrescentar: Se o negócio que gerem não é suficiente para assegurar os mínimos olímpicos à sobrevivência dos seus empregados, pois então demita-os! Arregasse as mangas da camisa, trabalhe afincadamente, angarie clientes, e só quando o saldo bancário já for suficientemente confortável para empregar alguém - mas SÓ nessa altura - lembre-se de mim!
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