V-day #2

Cari ragazzi!!

Como se já não bastasse a felicidade de ir viver um ano (quem sabe mais) para Nova Iorque, agora sei que a experiência vai ser mil vezes melhor ao lado da Diana!! Claro que todos vocês já a conhecem e que praticamente dispensa apresentações. Mas eu adoraria contar-vos como nasceu a nossa blogóamizade. Faz exactamente um ano que me enchi de coragem, depois de ter lido todo o seu blog de intercâmbio e o actual, e lhe enviei um e-mail com todas as minhas dúvidas, receios e sonhos sobre como me aventurar pelas Terras do Uncle Sam... <Mesmo sabendo que não existiriam fórmulas mágicas, pois tudo dependeria da minha força de vontade em tornar o meu sonho possível.> Mas, ao contrário daquilo que imaginava, a resposta chegou super rápida e dentro do mesmo registo de simpatia que já me tinha habituado no blog. E se as suas palavras já tinham conquistado as medalhadas de uma pessoa calma, ponderada e de bem com vida, bastou-me ler o primeiro parágrafo do seu e-mail para perceber que estava efectivamente a falar com a própria! Recordo-me que uma das coisas que mais adorei "lê-la" foi a paixão com que escrevia sobre o american dream. Quatro anos depois a chama continuava acesa e sem pretensões de a "guardar só para si". <Na minha faculdade fui habituada a pensar que o colega que partilhava a carteira comigo seria o meu adversário dali a uns anos, e ao fim de alguns "chapadões" passei a jogar eu própria o mesmo jogo sem que sequer desse conta disso. Mas aprender a viver nesta individualidade é tão duro como voltar a sair de dentro dela.> E a Diana ensinou-me isso. Ensinou-me "que não estamos a concorrer uma contra a outra, e que aquela cidade tem espaço para mim, para ela e para todos aqueles que sonham em viver nela - desde que estavam no útero das suas mães".
Mas voltando ao nosso primeiro contacto... Por achar que ela recebia diariamente cinquenta mil e-mails e comentários iguais ao meu, dificilmente acreditei que ela alguma vez levaria "a sério" o meu sonho, tal como eu levava o dela... Mas levou! A partir daí trocámos número de telefone, página no facebook, instagram e quando demos por nós, ela estava a passar uns dias cá em casa. Passeámos até ter os pés em ferida, rimos e comemos tudo o que há de bom nesta cidade. Foi um fim-de-semana que soube a um mês! Durante umas dessas caminhadas (lembro-me perfeitamente onde, no meu querido paredão do Estoril) ela questionou-me porque não voltaríamos juntas?? Depois de me cair a ficha pensei "como é que eu nunca me lembrei disto"?!? E desta forma, caíram por terra todos os desejos de ser AuPair. Perguntava-me para quê ser babysitter de uma família apenas, quando posso ser de várias; para quê correr o risco de não ter horários para ter aulas de inglês quando posso ir todos os dias à faculdade e receber um certificado da mesma; para quê ficar em casa de alguém quando posso ter a minha própria casa e receber o namorado e família sempre que me apetecer?! Para quê?! Porquê?! E assim comecei a preparar, mesmo inconscientemente, o nosso regresso à Big Apple!!
Depois de alguns imprevistos, medos e mudanças de planos, o fim pretendido lá chegou na semana passada, e eu não poderia estar mais contente!!! Ainda estou completamente em êxtase com esta novidade, afinal, só oficializámos a notícia na segunda-feira passada, depois da aprovação do visto da D (V-day#2 check!)!! Como americónadas que somos, lá corremos para os braços dos melhores bagels with cream cheese da cidade, no Choupana Caffe, claro.

Entre um furacão de borboletas no estômago, a adrenalina do momento e a proximidade da data da partida, acho que só hoje voltei a respirar com alguma tranquilidade... Por agora, a minha roommate regressou à sua terra natal, pois há um montão de coisas para tratar antes do derradeiro: ANO NOVO, VIDA NOVA!

Decorrem este número "2015"!