Cara ragazza!!
Corram para o Convento da Trindade, na Rua Nova da Trindade n.º20 (Chiado), porque a exposição só estará disponível ao público até ao próximo dia 18 de Março. Não façam como eu e não tentem visitá-la a uma segunda-feira, porque as portas só estão abertas de terça a domingo entre as 10h e as 18h...
"No âmbito da programação MUDE FORA DE PORTAS estamos agora no Convento da Trindade com a exposição “Cidade Gráfica. Letreiros e reclames de Lisboa no século XX”. Esta exposição tem como objetivo mostrar um património que está a desaparecer da cidade, apresentando assim letras e letreiros já desativados. Em colaboração com o Projeto Letreiro Galeria (iniciativa que procura preservar os letreiros comerciais e industriais que estão desativados, considerando-os património cultural e memória gráfica da cidade), o MUDE olha para a cidade de Lisboa pela perspetiva da publicidade e da cultura urbana, contribuindo para a preservação de um património gráfico reunido que urge estudar e permitir a fruição de uma memória cultural comum a todos os portugueses.
Devido à evolução dos grafismos, à reabilitação urbana e na sequência das próprias dinâmicas empresariais, que conduzem à abertura e ao fecho de lojas, muitos desses letreiros acabam abandonados, tendo como destino o ferro-velho ou o lixo, perdendo-se qualquer rasto sobre a sua história e o seu contexto. Assim se perde também parte da memória de uma cidade e das referências estéticas que marcam várias épocas. Esta exposição, a publicação a ela associada e os debates que se preparam, procuram sensibilizar para esta questão e analisar a evolução deste meio de comunicação e publicidade, muito relacionado com o design, mas também com a arquitetura e o urbanismo.
A divisão desta exposição foi feita por tipologias de materiais. Começa com tabuletas de vidro, metais e portas guarda vento. Seguem-se letreiros de néon, divididos e agrupados por estilos de letras (sala de letras manuscrita e itálicos, sala de figuras e conjuntos de letreiros do mesmo estabelecimento, sala de letras sem serifas e estelizadas, sala de letreiros de grandes dimensões). Como complemento foi feito um levantamento, nos Arquivos da Câmara Municipal de Lisboa e na Fundação Calouste Gulbenkian (estúdios dos irmãos Mário e Horácio Novais) de desenhos técnicos e fotografias de letreiros já desaparecidos, desde os mais icónicos néones dos telhados dos Restauradores e Rossio, até aos anteriores à era néon, que contextualizam estas peças numa evolução gráfica das fachadas de Lisboa."
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