sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O lápis azul não mora aqui!

Resposta a este comentário:


Cari ragazzi, ou hoje particularmente, Cari Anónimati!!

Memorizem esta data meninas: Oito de Outubro de 2014, o dia em que a minha caixinha de recordações se tornou oficialmente um blog sério! Finalmente acordei o meu primeiro hater, oficializando a minha pertença nesta grande família que é a blogosfera. Agora sim, tenho tudo a que uma blogger tem direito: centenas de visualizações diárias, comentários fofinhos e ódios de estimação! Mas antes de proceder ao meu direito de resposta, quero apenas despertar a vossa atenção para o rigor com que este ‘anónimo’, com um elevadíssimo conhecimento de causa, fundamentou a sua opinião. Mas antes da minha bombástica resposta (adoro teasers!), queria deixar umas perguntinhas ao ‘anónimo’, na esperança de que um dia ele se torne o seu próprio lápis azul:
  1. Quantos ‘TÓLICOS’ (alcunha fofinha para ex-alunos da católica) que terminaram o curso no verão de 2010/2011 que estejam efectivamente empregados conhece?
  2. Quantos desses tólicos estão em processo de estágios curriculares e/ou profissionais?
  3. Quantos estão ainda a realizar e já a contar os últimos dias de estágio e à procura do próximo?
  4. Quantos se encontram insatisfeitos com os 8 mil euros que os papás gastaram investiram nas suas carreiras?
  5. Quantos perpetuaram os estudos ‘mestrando-se ou douturando-se’ só para se sentirem úteis na sociedade?
  6. Quantos acabaram por mudar de áreas só para tentar a sua sorte no mercado de trabalho?

Bem, para uma mente brilhante e iluminada como a sua, acho que já tem aqui pano para mangas! Vá, dedique pelo menos o mesmo tempo que precisou para escrever este comentário para pensar sobre o assunto. E no futuro faça o mesmo exercício antes de clicar no botão ‘comentar’, garanto-lhe que ganhará anos de vida pessoal. Seguramente, acabarão as desculpas para não praticar desporto logo pela fresquinha (hora do envio do comentário), tomar um pequeno-almoço com direito a panquecas e sumo de laranja natural, e ainda tempo de sobra para olhar para o seu umbigo e reconhecer todas as suas apti(podri)dões e perceber onde pode ‘virar a página’, espero que tenha menos de 25 anos, senão esqueça! O tempo de mudança para si já expirou! A não ser que esteja a falar com alguém que tenha um ordenado acima dos 2 mil euros, um cargo de chefia, seja bilingue e com projecção de carreia profissional no estrangeiro, esqueça tudo o que leu até agora.

Mas voltando a mim, e à minha passagem por essa grande instituição de ensino que é a Católica e as suas elevadíssimas taxas de empregabilidade! Bom, tendo eu sido, efetivamente, uma pupila concedo-me o direito e o conhecimento de causa necessário para validar todas as peripécias que experienciei.
Recuemos então quatro anos no tempo, ao meu último ano de licenciatura. Durante este período a lavagem cerebral quanto aos benefícios de prosseguir os estudos começaram a ser demasiado intensas, até para os mais distraídos... A (des)vantagem da crise foi mesmo essa, perpetuarem-nos a teóricos académicos o resto da vida. Sim, porque a prática, essa vai ter que esperar ou seguir para outro departamento/outro cachet – Centro de Estágios da Faculdade. Resumidamente, quando um aluno termina o curso na Católica (e se ainda lhe sobraram uns trocos) é encaminhado para o mestrado ou para o gabiente de estágios. E perguntam vocês, porque raio é necessário dinheiro para a segunda opção e eu respondo: porque para tudo naquelas quatro paredes é preciso abrir a carteira e vender a alma ao Diabo. Perante isto,  decidi  passar estas duas hipóteses à frente. Primeiro, porque depois de escolher uma área de formação demasiado cedo (18 anos), percebi que a tese de mestrado só faria sentido quando tomasse consciência:
·   Do que gosto realmente de fazer;
·   Se tenho verdadeiramente aptidões para;
·    Se a empresa onde estou empregada apoia a minha decisão e a valoriza;
·    E se é suficientemente ‘fora’ da minha zona de conforto para me fazer crescer.
E a inscrição no Centro de Estágios da Faculdade envolveria:
·   O pagamento de 150€ de inscrição que me daria a possibilidade de concorrer a um estágio numa
empresa “à minha escolha” (ou seja, dentro dos infinitos acordos que a Católica mantem com o
mercado de trabalho);
·  E o pagamento de quase 200€ por cada mês de estágio na empresa (atenção, que não receberia
ordenado e ainda teria que pagar pelo trabalho que desenvolveria na empresa. O coordenador justifica
este pagamento com o ‘suposto’ acompanhamento durante o tempo que tiver na empresa (bullshits!) e
a avaliação do relatório final.
Como desde o início coloquei na cabeça que não faria parte desta máfia de exploração de recém-licenciados, porque acredito que uma coisa é não receber ordenado durante um processo de aprendizagem, outra completamente diferente é PAGAR PARA TRABALHAR! Vai daí, comecei a minha luta (sozinha) pelo encontro do meu lugar ao sol. Passei por várias agências de comunicação, de meios, e alguns meios de comunicação, e fiquei chocada quando fui aceite na Rádio Renascença e a Directora dos Recursos Humanos ‘cansada’ de receber licenciados da Católica não tinha conhecimento destes ‘valores’! Pedi-lhe inclusive que mantivesse a minha candidatura autónoma, o que me foi aceite. Mais tarde, candidatei-me novamente a outro órgão de comunicação – a revista LUX – onde fui aceite para começar a trabalhar no dia seguinte. A minha indignação chegou com o telefonema da tarde onde fui informada que afinal não poderia começar o estágio no dia seguinte porque não me encontrava inscrita no plano de estágios da faculdade! Ou seja, para além de não nos ajudarem a encontrar estágios e ainda nos bloqueiam o acesso a quem tenta concorrer espontaneamente!!

Reflexos desta política:
·   Estrangulamento da oferta do mercado de trabalho;
·  Bloqueio a outros recém-licenciados (de outras universidades) participarem em estágios – porque os
acordos entre a Católica e as empresa assim o exigem;
·   As empresas deixam de contratar porque têm sempre mão de obra disponível para colaborar;
·  E este ciclo vicioso obriga-nos a ponderar a hipótese de, afinal, pertencer à ‘máfia’, sob pena de nunca
mais conseguir encontrar estágios na área.

Por isso querido(a) anónimo(a), agradece-lho imenso o seu comentário, pois tornei finalmente público um flagelo que continua a afectar imensos jovens da minha idade. Mais de metade dos meus colegas de curso preferiram voltar a investir gastar mais uns trocos (entre 8 a 10 mil euros) em mais dois anos a queimar pestanas; enquanto outros continuam a gastar ‘migalhas’ para brincar aos trabalhadores. Como tal, nunca mais se deixe enganar pelo buzz em torno da taxa de empregabilidade. Porque a era dourada, em que todos saiam dali directamente para grandes cargos, que hoje estão reservados a meia dúzia de gatos pingados (os filhos e os afilhados da primeira fornada) acabou! Confesso que se pudesse voltar atrás no tempo teria estudado mais no secundário e entrado na melhor faculdade pública de comunicação social do país – a Escola Superior de Comunicação Social de Benfica. Mesmo sentindo imensas saudades das aulas, dos professores, da organização e do rigor catoliano.

26 comentários:

  1. A sério que existem pessoas assim? que "tentam" a todo o custo espezinhar as outras, vamos lá ver, qual é o problema mesmo? o trabalho? o inglês? a licenciatura? os sonhos? estou perplexa com tanta falta de amor pelo próximo e de algo mais produtivo para fazer! só te posso dizer que me orgulho de te ter conhecido e te acompanhar diariamente, foste e continuas a ser uma fonte de motivação excelente desde aqueles dias no nosso inercâmbio:) adoro-te minha Joaninha romena!

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  2. Bem, se esse cenário é assim como contas, porque raio foste para a Católica primeiro de tudo? Ainda que não tivesses média para a Escola Superior de Comunicação Social, há outras Faculdades públicas com esse curso em Lisboa. Se vais para uma privada como a Católica, é normal que te exijam 8 mil euros em propinas (hello, captain obvious).

    Por acaso, conheço várias pessoas da Católica que terminaram os seus estudos no ano em que referes (ou no anterior, ou no seguinte), são é de Direito. E todas estão a trabalhar em boas sociedades de advogados, empresas ou consultoras. e não é nesse esquema de pagar para fazer um estágio, é a começar logo com mais de mil euros limpos.

    De qualquer das formas, o teu post continua sem explicar a incoerência de teres estudado "nas melhores escolas", como referes, mas teres um inglês medíocre e um emprego nada a ver com a tua área de formação. Já que os teus pais tinham tanto interesse em investir na tua formação, parecem ter feito as piores escolhas nesse sentido.

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  3. Para mim o que mais me incomoda é que ninguém pode julgar o caminho de outro se não o próprio. As motivações, prioridades, escolhas, paixões, são diferentes de pessoa para pessoa. Independente das pedras no caminho, cada um faz o que pode, e neste caso o que quer. Tu és uma miúda cheia de força e que vais lutar pelo teu futuro, a tua maneira. Já o fazes há algum tempo. Mas se olhares a volta, a maioria diz que quer e deseja caminhar numa direção, mas acaba por se acomodar a vida que tem. Tu queres e vais mesmo fazê-lo. É preciso coragem e determinação. E se não o fizeste antes é porque na tua vida, tal não fazia sentido. Quem é essa pessoa para determinar a altura certa na tua vida para seguires o teu caminho? Porque é que as tuas ambições tem que ser modeladas pelo que te dizem que é suposto? Estarias hoje noutro lugar se tivesses pago e noutro trabalho se tivesses vestido o casaco de ovelha amestrada. Mas se o tivesses feito, não estarias quase a embarcar na maior aventura da tua vida. Tens falhas, como todos nós, mas sinceramente vejo te a ti, mais do que ninguém, a lutar para supera las.. E em todos os níveis!

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  4. É tão triste ver que há pessoas que só estão bem a ver o defeito da vida dos outros! Os caminhos da vida são diferentes e todos devem percorrer o seu, os seus sonhos e estarem felizes pela felicidade do outro. Enfim..fico feliz por ti Joana! Keep going ;)

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  5. Continua sem justificar como é que o seu inglês é tão mau. Li o comentário é vi o vídeo é de facto o outro anônimo tem razão (em parte). Que inglês é aquele?? notoriamente a ler... E visto que o inglês tem-se durante o ensino básico, secundário e na católica sei que também se tem inglês durante 4 semestres, como é possível ser tão mau? Pior! Pior é mesmo pensar que quem fez aquele vídeo é licenciada em jornalismo. De facto agora sim dá para pensar que de facto a católica é uma máfia. Mas achei piada esse "gastar tinta" a responder ao outro comentário mas de forma a fugir completamente ao assunto. Pois o principal não era a católica mas sim a podridão de vídeo que fez. As melhoras! E boa sorte no futuro.

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  6. A todas as meninas que estão chocadíssimas com o meu nível de inglês:
    1) Ele é mesmo básico, permite viajar, fazer compras, não morrer à fome, falar durante algumas horas com amigos estrangeiros;
    2) Eu estava REALMENTE a ler durante o vídeo;
    3) Vou VIVER UM ANO INTEIIIIIRINHO EM NOVA IORQUE PARA RECUPERAR O TEMPO PERDIDO, okay?! Daqui a UUUUUM ANO volto a fazer um vídeo a falar em inglês directamente para a câmera, estamos combinadas?!?
    No meio de um inglês tão mau só posso agradecer este meu defeito, afinal sempre tenho uma boa desculpa para ir viver UM ANO INTEIIIIRINHO PARA NOVA IORQU

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    1. Achas mesmo que a cena de ires viver para NYC é motivo para te vangloriares assim tanto? E fazer disso um argumento de resposta? Se o objectivo era melhorares ou sequer aprenderes inglês, já tiveste várias chances para o fazer, como referem acima: primária, básico, secundário, universidade... ires 3 meses para NYC para o fazer é mais uma mimadice como ir para a Católica estudar jornalismo e depois achar que as coisas vão correr bem, ou que as portas se vão abrir. Devias ter mais os pés na terra. Se não o conseguiste em Portugal, acredita que vai ser 32945345 vezes mais difícil consegui-lo em NYC (e isso nenhum dos deslumbrados que aqui comenta e que se basta com ler "NYC" para levantar e bater palmas to vai dizer).

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  7. Convido todas as minhas anônimas a testarem a minha evolução ao final de três meses da minha estadia na Big Apple! Fico à vossa espera ;)

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  8. Depois de ler este comentário “anónimo”, só me veio à cabeça aquela ideia dita pelo grande Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, de que é mais fácil a um sujeito falar do que não sabe do que do que sabe. Dá menos trabalho, fala da boca para fora e usa a Internet para mandar umas postas de pescada (neste caso uma verdadeira corvina), e mandar abaixo quem não conhece. Porquê? Se calhar nem sabe. Há pessoas que procuram hobbies, fazem workshops, leem (neste caso importantíssimo), fazem voluntariado, sei lá, pensam em qualquer coisa sólido. Eu cá faço terapia.
    Em relação à Universidade Católica Portuguesa é-me difícil comentar de forma sucinta. Há demasiadas coisas para se comentar, e eu não quero repetir a Joana. Sou igualmente uma Tónica, e uma Tonta por ter escolhido a opção de frequentar uma faculdade onde sempre me senti uma aluna de terceira por não estar inscrita em Direito ou em Economia e Gestão – apesar de ter entrado com média de 18 com... inglês! Essa língua, com a qual eu hoje vivo e penso diariamente, mas desde de hoje a medo porque não sei se estará ao nível do inglês que tantos anónimos camonianos dominam. A UCP de Comunicação Social vive de fachada à custa da imagem que vende em Direito e Economia, embora esta última pertença a uma determinada escola, como muitas faculdades de economia pertencem (não vou dizer qual, os bons alunos devem pesquisar). Não há turmas por anos, é cada um por si num mar de cadeirase créditos. Associação de Estudantes? Acho que ouvi falar. Um jornal como existe em quase todas as boas Universidades com um curso destes? Humm.. Erasmus? Nem pensar, eu bem queria, mas teria que pagar as minhas propinas por disciplinas no exterior sem que a minha faculdade me garantisse equivalências (fazer cadeiras para as repetir durante um ou mais semestres num quarto ou quinto anos hipotéticos para compensar os perdidos com o Processo de Bolonha – mesmo que me sendo ensinadas as mesmas coisas, por vezes o Polaco e o Português não fazem traduções diretas...uma chatice). Uma universidade a quem pedi cartas de recomendação para mestrado a tutores que nunca me chegaram a responder (nunca chumbei a uma cadeira ou sequer fui a exame. Terminei todas as minhas cadeiras e fiz os 3 anos certos). Uma faculdade que me queria fazer ficar lá mais um ano porque fazem umas tais “palestras” sobre o “futuro” (futuro catolicamente mestrado) “indispensáveis” ao término do curso mas que por acaso aconteciam antes dos alunos da terceira fase sequer serem aceites ou informados dos mesmos (teve que ser o meu pai, como se de uma escolinha básica e primária se tratasse, a pôr uma ameaça de mover uma ação contra a faculdade para que eles próprios resolvessem uma situação que eles próprios criados). Na Católica houve quem tivesse tido que optar em que cadeira chumbar porque as frequências eram marcadas para o mesmo dia e mesma hora. Ajudas laborais? Eu? Zero! Nem uma! Nunca pagaria a uma Universidade para trabalhar! Mas também como me poderia esquivar se a Católica bloqueia até o trabalho grátis?! Pago sim, mas pelo trabalhador! Está muito em voga, aliás, há quem faça carreira disso.
    Quanto ao inglês, antes de criticar a Joana, e até mesmo a Católica diga-se de passagem, critique o sistema de ensino português. Alguém aprende inglês decentemente no secundário?!! Se a Joana aos 18 não tinha o inglês necessário, foi porque o ensino que lhe deram, que incluía o inglês, falhou! Todo o inglês que eu sei hoje devo 1% à escola portuguesa...que parece uma vez mais ter regredido com o Ministro retrógrada e bacoco que agora a gere. A UCP lecciona inglês durante 4 semestres – obrigatoriamente – então veja a qualidade do ensino de línguas de tamanha instituição. Tive espanhol, pués claro una mierda...
    Mas a Universidade Católica Portuguesa ensinou-me que em democracia todos temos direito a opinar. Um comentário arrisca-se a respostas. O que ganha o anónimo? Nada. Tenta ofender, defendido no seu anonimato. Talvez precisasse de ir estudar 3 aninhos na Católica, sempre aprenderia alguma coisa e sairia empregado.

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    1. Miuda, vê se atinas. Tanta revolta, tanta boa média, tanta sabedoria, mas com esse comentário só cavas a tua própria sepultura. Andaste 3 anos na Católica então a fazer o quê? Porque não foste para uma Faculdade pública, se, ainda por cima, isso lá era tão mau? Mais uma a quem o papá tinha de ir resolver coisas na secretaria e desculpa as falhas da Joaninha com "o sistema". Façam-se mas é à vida. Mas é à vida real, não é ir a NYC fazer cursinhos e "descobrir a big apple" e achar que isso é que vos vai libertar e lançar num futuro e numa carreira. Nunca o fizeram com a papinha toda feita, com culpa própria, mas chutam responsabilidades para a Católica, para o país, para a crise, para os anónimos, para o sistema de ensino, para o inglês lol. E a blogosfera só agudiza essas vossas ideias parvas, porque a maioria das pessoas é igualmente falhada e adora apoiar a vossa "libertação" porque anseia pelo mesmo e porque nunca sairam da cepa torta e acham que "NYC" é o top dos tops. Acham-se um máximo por divulgarem estas ideias, mas só se enterram.

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    2. Anonimo, em vez de só apontar o dedo falando de forma pessoal sobre uma pessoa que não conhece e de cuja vida sabe zero (neste caso de mim. que nem em NY estou ou nem estou para estar), porque não partilha o seu caso de brilhantíssimo sucesso?

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  9. Ora vejamos! Realmente é fácil criticar, mas quando a verdade surge, começa-se a descer o nível, pois é, curioso quando levantamos o nariz do nosso umbigo e percebemos que nem tudo o que julgamos verdade o é, fazemos birra e manda-mos ganhar tino, quando na verdade é a nós que nos falta (Tino).
    Vamos a factos:
    1- A Joana não domina inglês e quis deixar isso claro no vídeo para ser aupair, honesto afinal de contas com corta e cola ate podia ter feito uma dobragem com uma amiga(o) bilingue. Bolas Joana podias ter aprendido na Catolica a montar uma boa fachada
    2- A formação da Catolica e a própria instituição não merece assim tanta credibilidade, alias tem comportamentos pouco Católicos e bem mafiosos, pena que não seja do conhecimento publico. Quando perguntam que andaram 3 anos na Catolica a fazer, também tenho a mesma duvida! Meninas aquilo não é instituição para estudar, aquilo serve para fazer lobby, arranjar marido rico e ser do bem, relamente não percebem nada do fundamento da UCP.
    3- Deve ser do conhecimento, que na região de lisboa e vale do tejo (onde até há mais emprego) 45,5% sim quarenta e cinco virgula cinco porcento dos jovens até os 25 anos estão desempregados. Pois é estes jovens são uma desgraça quase 50% não se faz a vida, já agora, o que é isso de fazer-se a vida? Emigrar? Dos 50% que não estão desempregados arriscaria dizer que já o fizeram.
    4- Li para ai num comentário algures que a Catolica num dos seus inquéritos, está num Call Center, optimo está empregada, conta para a nossa empregabilidade. Meninas está na lista de saídas das licenciaturas da católica qualquer Call Center e caixa de supermercado, pena que não colocam isso na propaganda que fazem. Apesar de ser uma chulisse é um trabalho digno e tem todo o meu respeito os que nem que seja por sanidade mental o fazem.
    5- A pouca vergonha generalizada de estágios à conta do estado, não remunerados e o trabalho precário são o prato do dia. Calma para quem pensa que os licenciados de direito estão a receber 1000€, acredito, mas ande de fazer a festa tenho uma noticia para sí, desses 1000€ quase 900€ são pagos pelo estado, esse famosos escritórios estão a pagar 100 a 200 euros para os lá terem, respire caro anonimo, daqui a um ano estão a dar lugar a outros. Conheço o esquema de ginjeira, em outra vida já fui forçado a jogar esse jogo. A inocência é uma coisa bonita.

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    1. Mais outro que vive nas nuvens. Esse ponto 5 mostra um total desconhecimento da realidade que se vive ao nível das maiores sociedades de advogados portuguesas, consultoras internacionais, grandes empresas, etc. Nenhum desses locais depende de apoios do Estado para pagar aos seus colaboradores, aliás, no primeiro caso (sociedades de advogados), nem poderia, pois trata-se de uma profissão liberal e as pessoas em causa trabalham a recibos verdes, logo, é uma situação que nem se enquadra nos pressupostos para beneficiar desses programas do Estado (para além de que, na legislação que regula esses programas, está expressamente dito que os mesmos não podem ser utilizados para aceder às ordens profissionais). Além do mais, quando um programa desses está a decorrer, a comparticipação máxima do Estado nunca é de 900€, mas sim à ordem dos 500€.

      E, espante-se, a maioria dessas pessoas termina o estágio da Ordem nessas sociedades e é convidado a ficar! Foi o que me aconteceu, que trabalhei numa 2 anos e meio, não tendo estudado na Católica (mas sim numa Faculdade pública, mas com imensos colegas que vinham de lá). Do meu ano de estágio éramos 12 estagiários e só 2 não foram convidados a ficar no fim. Entretanto já saí e já trabalho noutro sítio, que, espante-se novamente, também paga a mesma ordem de valores. Terminei a parte curricular do mestrado em 2010 e, desde então, nunca estive sem trabalhar, em Portugal e num período de 6 meses no estrangeiro, na minha área e a ser paga no mínimo com 1000 limpos. Esta mania de se fazerem de coitadinhos e atirarem estatísticas de desemprego para justificarem o seu insucesso pessoal, não aceitando que haja quem tenha sucesso sem problemas, ainda num cenário de crise e que isso depende de nós acima de tudo (enquanto culparem factores externos e exagerarem a realidade, nunca vão passar da cepa torta, lamento)...

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    2. Bom quero só terminar com mais este pequeno apontamento Sôtor(a). Que inveja que despertou agora mim com o seu ordenado! Estou seriamente a pensar quando voltar (ou lá mesmo, se a coisa se proporcionar, sim porque há bolsas!) tirar uma segunda licenciatura em direito e concorrer ao seu lugar! OF COURSE NOT! Isso é praticamente o que eu recebo a oito horas num CALL CENTER quando há boas vendas (e felizmente têm havido!) é o bom de termos o melhor preço do mercado! (Por isso se precisar de um serviço fixo por favor entre em contacto comigo! Mas somos íntimas!) Com a vantagem que não tenho as responsabilidades, horas extras, e audiências canceladas diariamente! Ou seja, talvez tenha que reformular os seus objectivos/ prioridades! Senão em menos de nada eu paço-lhe a perna e com trabalhos de quinta categoria! Ou para sim chega-lhe um T1 e um Seat Ibiza para ser feliz?! Olhe que isto já teve mais fácil para arranjar crédito! Por isso, das duas uma, ou tem pais ricos ou o infeliz do seu namorado(a) (se tiver! Porque com essa amargura toda ninguém a aturo(a)!) sustenta-lhe todos os luxos! Seja feliz! :)

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    3. Esta escrita inteligente do iPhone dá comigo em doida! Também não vai dizer que eu dou erros ortográficos pois não?!

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    4. Erros ortográficos já vi vários e não foram nos comentários aqui, foram mesmo nos outros posts :) o que para uma licenciada em comunicação social, já que o inglês não se aproveita, pelo menos que se salve o português.

      Eu não disse quanto ganhava, por isso não pode comparar com a sua situação. Disse que, nos trabalhos que tive, no mínimo ganhei mil euros limpos e isso até foi só uma vez e num estágio que fiz no estrangeiro. A diferença aqui é que se eu um dia quiser "mudar de vida" ou "sair de Portugal para ir viver um sonho", certamente não será para ir para NYC gastar dinheiro a fazer um curso de inglês e achar que isso me vai abrir portas já perto dos 30 anos. Mexi-me na altura em que me devia ter mexido, durante a Faculdade e nos anos seguintes a terminá-la, tendo feito as etapas de acumular experiências lá fora e enriquecer o meu CV de forma a que se abram portas em Portugal ou no estrangeiro na altura e da forma em que tal é valorizado pelo mercado. E não foi certamente com cursecos de 3 meses nos EUA a achar que isso é uma decisão pessoal/de carreira inteligente.

      De facto, não vale mesmo a pena enveredar por uma carreira na área do Direito, já que parece achar que a mesma se resume a "responsabilidades, horas extras, e audiências canceladas diariamente". Responsabilidades, tenho-as, sim (e isso toda a gente tem em qualquer trabalho), mas o resto não :) há vários tipos de advocacia (nessas grandes sociedades de que falei, só os advogados de contencioso vão a tribunal) e vários cargos que um licenciado em Direito (quer seja advogado, quer seja jurista) pode ocupar numa instituição. E prefiro de longe o trabalho que aí se realiza, a estar 8h num call center "a aturar chatos", como você própria refere (e quer "mudar de vida" e arranjar algo na sua área, não é? deve ser porque trabalhar num call-center ou em promoções também não lhe enche propriamente as medidas/bolso).

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    5. Sôtora porque raio me segue? Porque raio ainda me responde? E porque raio tendo você uma mente tão iluminada

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    6. continua a responder-me e a perder o seu valioso tempo nas minhas queridas e fofinhas risquinhas! Faça-me um favor! Arranje um homem que a ature! Arranje filhos e não comete os mesmo erros que os meus! E pela sua saúde, seja verdadeiramente feliz! Não se iluda! Porque a maior tristeza do mundo é não haver dinheiro no mundo que compre a nossa felicidade! E eu já percebi que você nem com a fortuna do Bill Gates lá ia!

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  10. 6- Obrigar uma faculdade a cumprir a lei, é diferente de passar na secretaria, isso ensinou-nos as gerações anteriores. Os universitários são sempre atropelada por estas instituições onde impera o medo das represálias, já andou na faculdade? Então sabe do que falo, eu não fui mas já ouvi demasiadas historias contadas na primeira pessoa (Da católica e outras). A minha vénia ao Homem que se levantou sem medo para enfrentar uma faculdade. A maioria baixa as orelhas, “atina-se”. O 25 de Abril ainda não chegou ao ensino.
    7- O por falar em ensino da língua inglesa, essa coisa do básico ainda é uma Estoria, a verdade é dura, o programa não chegou ao terreno como gostaríamos e o monstro do lobby dos professores não admite colocar a nú a falta de preparação de muito do ensino publico (e não só). Anda ai muita gente enganada.
    8- Viver em NY não abre portas, mas um pais onde a língua principal é inglês, é das melhores formas de aprender inglês. Vai aos 25 anos tentar resolver um handicap de formação!? Está sempre a tempo, se reagisse como o Português médio, ficava a cantar o fado: como nunca fui bem-sucedida nunca o vou ser.
    9- Capricho!? Até podia ser, mas pelo que sei está a sair do pelo, quem acompanha sabe que a Joana trabalha 6 a 7 dias por semana em milhentos tipos de trabalhos, para ir estudar para fora. Caro anonimo alguma vez fez semelhante coisa? Provavelmente não, tem o seu segredo de como que fazer a vida, gostava que me explicassem o que é isso, porque isso faz-me lembrar os contemporâneos (http://www.youtube.com/watch?v=-p7Puu2nKR4)
    10- Esta geração está aprender a lutar como há mais de 50 anos os Portugueses não o faziame, eles tem formação altissima (mesmo que muito não dominem o inglês) lutam, vão para fora, para a qualquer lado onde haja uma oportunidade, vivem em condições difíceis, aceitam tudo para ter a sua oportunidade, CONTRA TUDO E CONTRA TODOS FAZEM-SE A VIDA!
    Sou de uma geração anterior, era fácil para mim dizer essa coisa do “façam-se a vida”, e estes anónimos que por aqui andam, que eu espero que quando a adversidade lhes tocar a porta (porque toca a todos) que tenham metade da força psíquica que os sub-25 estão a mostrar.

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    1. Pelo amor de deus. Andar 3 anos na Católica a estudar "comunicação social e cultural" está longe de consistir numa "formação altíssima". Esse é o problema de hoje em dia, confunde-se ter qualificações com ser qualificado. É a geração com mais qualificações, sim, hoje em dia toda a gente é licenciado e mestre em tudo e mais alguma coisa. Isso não significa que as pessoas em causa estejam minimamente aptas a desempenhar um papel relevante na sociedade ou a fazer-se à vida, como se refere acima.

      Quanto ao inglês, se no ensino público não é de qualidade (curioso que tenho uma amiga que só estudou inglês na escola pública, assim que terminou o curso de enfermagem não teve problemas em arranjar emprego em Londres e, já na altura, alava fluentemente inglês), há imensas maneiras de o complementar, de forma totalmente grátis. O que não faltam são filmes em inglês sem legendas, livros na versão original que se podem requisitar em bibliotecas, mil e um sites com exercícios e aulas, etc. Culpas a escola pública do insucesso de uma pessoa nos seus 20's hoje em dia é mais uma vitimização que as pessoas adoram.

      Acha mesmo que é do pelo da Joana que estão a sair os gastos para esta "aventura"? Duvido muito que um call center + trabalhos ocasionais de promoção sejam fonte de rendimento para suportar pagamentos de cursos, do processo burocrático, dos voos e da subsistência em NYC nos primeiros meses. Eu diria mais que os cordões da bolsa dos papás (onde pelos vistos ainda sobram uns tostões depois de terem posto a filha na Católica para a mesma vir cuspir agora no prato onde comeu milhares de euros durante 3 anos), ou do namorado, se estão a abrir outra vez...

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  11. E como sou também um anonimo, vou contar como foi o meu “faça-se a vida”: Não tenho formação superior, não domino nenhuma língua estrangeira e até mesmo o Portugues domino mal, mas, sim mas, cresci numa era de abundancia onde o único requisito para ter uma boa oportunidade era saber quanto era 2+2, e mesmo quem não soubesse tinha a oportunidade, afinal de contas havia falta de recursos.
    Lá tive as minhas oportunidades, trabalhei em grandes consultoras mesmo sem “canudo”, nunca recusaram um aumento por não ser licenciado, fui fazendo carreira e ganhando experiencia para tomar algumas decisões corretas, o dinheiro nunca faltava, ia-se a um banco e fazia um crédito, do valor total da casa e ainda me perguntavam se não queria aproveitar para levar mais algum para um carrito ou para a mobília. (Estão lembrados amigos anónimos).
    Como já me alonguei, termino com uma reflecção, aqueles que vos dizem “façam-se a vida” são os mesmo que como eu tiveram a vida fácil, numa era de abundancia, onde se tirava cursos por correspondência, que endividaram Portugal, que deixaram a conta para ser paga por aqueles a quem urgem mandar “fazerem-se a vida”, esses os sub-25 (e até um pouco mais) só querem uma oportunidade digna de emprego, de não serem forçados a emigrar, mas como não a tem, lutam dia-após-dia para manter a sanidade mental, emigram, aceitam tudo, fazem os que os anónimos jamais aceitariam, e estão vão a ficar “uns duros”, muito duros.
    Pessoalmente desejo –vos a melhor das sortes que consigam tudo, apesar de só desejarem o básico. Tenho toda a fé que são vocês que vão por na linha o país dos anónimos da vida fácil que vos contribuíram este lindo estado da nação.

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    1. Não, engana-se, os anónimos que digam "façam-se à vida" são também eles sub-30 que estão fartinhos de ver a sua geração ser representada por um bando de losers que se autovitimiza e depois tem "ideias fantásticas" deste calibre para "mudar de vida", que são aplaudidas de pé por outro bando de losers que se encontra na mesma situação e espetam isso em blogs como se tivessem descoberto a pólvora e fossem, finalmente, fazer algo de jeito com as suas vidas :)

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  12. oh, anónimo bartolo vai para tenda! és ridiculo.

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  13. GABO TE A PACIÊNCIA, JOANA!!!!!

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  14. o ensino das línguas em Portugal, ao nível do básico e do secundário, é mau. primeiro porque não é dado por nativos, o inglês dos professores é mau. segundo porque não aprendemos a falar inglês. durante esses anos falamos em português a maior parte do tempo. e é sabido que se aprendem as línguas a falar. por muitas regras que nos sejam dadas, isso não nos faz saber falar uma língua. é ao viver num país, ao sermos obrigados a usar essa língua, que aprendemos a falar.
    quanto à grande instituição que é a Católica... depois de 4 anos lá, não aconselho a ninguém. após uma licenciatura lá, fugi para uma faculdade pública, porque os valores que me transmitiram na UCP foram todos aqueles que os meus pais não queriam que eu tivesse. mas como só o percebi no penúltimo ano, não ia desperdiçar o dinheiro já gasto.
    tive dois semestres de inglês na nova faculdade. aprendi mais inglês do que nos restantes anos. sei (quase) todas as regras da língua. mas sei falar inglês? não. e tenho a certeza de que quem crítica também não. porque o sistema fonético é diferente e não fomos expostos à língua na fase de aquisição da Linguagem. e podia continuar a explicar isto, caro anónimo. se quiser mais umas explicações faça o favor de pedir.

    portanto, Joaninha, aproveita bem a viagem, eu tenho a certeza que o teu inglês vai melhorar em NY. e da próxima vez que tiveres um hater, ignora. é a melhor arma contra eles.

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