terça-feira, 21 de outubro de 2014

Someday...

Cari ragazzi!!

A primeira vez que aterrei em New York, o primeiro contacto que tive com a cidade foi exactamente igual ao da imagem. Uma vista panorâmica incrível capaz de me anestesiar durante uns breves minutos. Sim, leram bem. Anestesiar-me. Depois do sucesso na gestão de stress durante as oito horas de voo, de Lisboa a Filadélfia, o pior ainda estava por vir... Um voo interno, de pouco mais de uma hora, mas nas condições mais precárias possíveis. Pior que aquilo só um avião de ajuda humanitária, meus amigos! Nem a viagem nocturna de comboio nas antigas linhas soviéticas me agonizaram tanto. É certo que o meu medo de voar não ajuda, mas até a minha batata que adormece mesmo antes de o avião levantar vôo, concordou comigo. Para vos contextualizar, aquele passarinho não tinha casa-de-banho, contava pouco mais de vinte lugares sentados e equipamento para situações de perigo nem vê-lo! Moral da história, descobri pela primeira vez o que era uma enxaqueca. Não gostei. Tive umas cinquentas vezes vontade de vomitar, mas nem sacos para isso havia. "Não querias vir a Nova Iorque? Então agora aguenta!" Dizia-me a consciência. Felizmente houve um momento, breve, em que tudo passou. Assim que os pântanos de Filadélfia ficaram para trás, a paisagem tornava-se cada vez mais metropolitana, e quando menos esperava vi isto...


Quis congelar o momento. Quis ficar dentro daquela lata voadora para o resto da vida. Quis voltar atrás e ver tudo de novo. A dor de cabeça parou, as lágrimas caíram sem que as notasse e o homem da minha vida filmou tudo para a posteridade! Na minha cabeça lembro-me de ter pensado baixinho 'um dia vou viver aqui', e sem nunca ter acreditado muito nisso, esse dia está a chegar!

P.S. Quando virem viagens com escalas em Filadélfia pensem duas vezes, sim?! Depois não digam que não vos avisei...

7 comentários:

  1. Obrigada pelo aviso. Vou tomá-lo em conta quando tiver clientes lá na agência que pretendem ir a Nova Iorque ;D

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  2. Que lindo o que escreveste Joana =)
    Realmente isso é que foi falta de sorte! Os aviões para voos domésticos são só mesmo para pequenas viagens... Eu felizmente não tenho razão de queixa, já fiz escalas por Filadélfia e tudo correu lindamente =) Mas não reparei se tinha ou não casa de banho porque não precisei de ir! Se tivesse precisado, teria com certeza uma história desagradável para contar.
    Mas cada caso é um caso =) pode ser que da próxima corra melhor!

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    1. Eu nunca me levanto do lugar, ir à casa de banho para mim no avião é o mesmo que me pedirem para participar numa prova dos Jogos sem Fronteiras! Nem pensar. Sejam 2, 5 ou 9 horas de voo, levantar-me é mesmo se não aguentar mais um minuto para fazer xixi. Odeio aeroportos, check-ins, passar pela segurança, andar de avião, no fundo, tudo! E tudo piorou depois disto: http://beuniquehere.blogspot.pt/2014/04/valentines-day-2014.html ...
      Mas realmente neste passarinho de lata não havia mesmo casa-de-banho.
      XOXO,
      JM

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  3. É por estas e outras que quando posso apanho sempre o voo directo, nada de escalas.
    Ana Rita

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    1. Pois, eu acho que isto não tem nada a ver uma coisa com a outra. Já fiz várias escalas e nunca me tinha calhado um passarinho destes... Foi azar, ou então éramos só poucas pessoas para eles encherem um avião maior e acabamos todos naquela lata voadora. Foi a experiência da minha vida... mas já conto várias... lool http://beuniquehere.blogspot.pt/2014/04/valentines-day-2014.html
      XOXO,
      JM

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  4. Quando falo em quanto menos escalas melhor não me referia apenas ao avião pequeno. Refiro-me ao facto de haver maior probabilidade de atrasos, de andar de terminal em terminal, umas vezes a correr outras com imenso tempo e a apanhar secas, e acho que é um pouco perda de tempo quando tenho a possibilidade de ir directa. Expressei-me mal, e efectivamente, não tem a ver com o avião pequeno, mas também tem, porque as companhias por vezes pregam essas partidas. Quando ao seu post da aterragem em Londres, já perdi conta aos "go arround" (nome técnico de uma aterragem abortada) que já vivi, mas isso são ossos do ofício.

    Bj e safe flying

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